Filhos do rio

Filhos do Rio

Cardoso I

Às margens do rio, onde o tempo é lento,

moram os filhos das águas e do vento.

Ribeirinhos de alma, de terra e de sol,

vivem do peixe, do remo e do anzol.

A canoa desliza em silêncio profundo,

seu rastro é memória que conta o mundo.

Os braços remando, a vida seguindo,

no ciclo das águas, tudo é um hino.

A chuva que cai é bênção e pranto,

fazendo da terra um leito de encanto.

O sol, inclemente, queima e consola,

marca na pele histórias de outrora.

No peito, o orgulho de quem pertence

a um lar que pulsa, que nunca adormece.

Ribeiro é caminho, espelho e sustento,

testemunha de vida, guardião do tempo.

Ivonoel cardoso
Enviado por Ivonoel cardoso em 16/03/2025
Código do texto: T8286609
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