SUPLICA... Em um poema.
SUPLICA...
Em um Poema.
Nascer e crescer nas ruas!
Mendigando, pelos cantos, dorme nua.
Lençóis em trapos.
Sem calçados, vestida em farrapos.
Sol esquenta, a lua esfria.
Seus pés no chão a queimar, bolhas calejam, que agonia.
O que esperar da sorte?
O vácuo que encontra no mundo.
Está lá jogada, sem que ninguém se importe.
A desesperança lança na face a dor da fome.
Nos desencontros dos que não tem tempo de ouvir, ver, ou sentir o sofrimento de quem necessita de um hospital, ou emergência, sem clemência, passa despercebido.
É chegada a hora do desespero e desiste de sofrer:
Sem ter com quem contar.
Cava sua própria sepultura, e lança seu corpo cansado, deprimido, esgotado num profundo vazio.
C.Caldas.