CAIPIRINHA DE MALÁPIO

O sujeito está longe do lar

Perdeu o rumo, não acha a rima

Entra na primeira porta, um bar

não quer beber, mas se anima

Encosta no balcão a barriga

Apóia os cotovelos, descontraído

Prometera se afastar da bebida

De pé, aguarda ser atendido

Está sóbrio, tranquilo, à toa

Do outro lado o barman oferece

Vai tomar o que, gente boa?

Responde, algo que me apetece

Recebe então o cardápio

Examina cuidadosamente e arrisca

Faz aí uma caipirinha de malápio

O outro retruca, não está na lista

O freguês faz um desafio

Aposta que lá tem o tal

O atendente diz que nunca viu

Deixa pra lá, não faz mal

A garganta seca então sugere

Um drinque de compensação

O garçom pede que espere

Ainda com o ponto de interrogação

No lugar daquele pedido

Um tônica com gelo e limão

Mas nada foi resolvido

Continua aberta a questão

Caipirinha de malápio existe

Ou é pura imaginação

O desafio persiste

Pode até sair uma nova invenção

Samuel De Leonardo (Tute)
Enviado por Samuel De Leonardo (Tute) em 07/03/2025
Código do texto: T8279932
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