VIDA DISSIMULADA
Por vezes e burramente,
O inconformismo me toma,
Diante da hipocrisia que me rodeia.
A vida vazia, de tantos,
Que a preenchem com demagogia ,
Num faz de conta dissimulado,
Sem mesmo uma quirera lúdica,
Por momentos me desloca do centro.
Por momentos somente, ainda bem,
Até que rapidamente a lucidez se faz,
Os valores da vida são retomados,
Retornando aos princípios imperiosos,
Da vida provida de reta transparência,
Sem o triste jogo da dissimulação,
Que tanto assisto e me azeda, por momentos.
As décadas me mostram,
Que os calos feitos pelo refletir,
Não se deixam contaminar pelo mal passageiro,
Salvo em desatinos momentâneos
E assim retorno ao centro.
Ainda bem