Cotidiano
Pessoas passam, rostos distraídos
Histórias inteiras guardadas no peito
No murmúrio urbano, sonhos contidos
E a vida se esconde em seu próprio enredo
O tempo avança sem trégua ou pausa
E entre o riso e o cansaço há espera e pesar
No vai e vem que o relógio carrega
O comum vira arte, basta saber olhar
Logo o sol se despede suave e cansado
A lua surge, a vigiar silente
Nos lares, o calor de um abraço esperado
É refúgio do corpo quando é alma quem sente
O cotidiano não é só o que se vê
Mas, o que se sente e pode viver
Assim se tece a trama da vida
Feita de rotina, luta e esperança
Enfim, decidida.