Olhares em labirinto
No sussurro da sala, ele me observa,
Seus olhos, sombras, disfarçam a verdade.
Lábios murmurantes, veneno disfarçado,
Fala por trás, enquanto eu sou a almejada.
Por que essa dança de olhares furtivos?
Um jogo de máscaras, palavras tortuosas.
Na luz do dia, meu reflexo é claro,
Mas nas sombras, ele tece suas angústias, ansiosas.
O que busca, esse espectro incerto?
O que pretende, além da maledicência?
Na minha presença, um silêncio denso,
E na ausência, a cruel aparência.
Pergunto a mim mesma, em um tom profundo,
Se seu olhar é desejo ou mera avareza.
Quem é esse homem que me observa?
Um amigo, um rival, ou apenas tristeza?
A sala ressoa, ecos de intrigas,
Mas sigo firme, no centro da verdade.
Pois a luz revela quem realmente somos,
E eu, imune, busco a serenidade.