Cororó
Calça o chinelo
Veste o pijama
Sorri amarelo
Forra a cama
Requenta a comida
Talvez já vencida
É parte da rotina
De um certo coroa
Que sabe que o tempo voa
Ele aceita sua sina
Porque tristeza não desata nó
Prefere da vida raspar o cororó
Liga a televisão
Viaja na ilusão
Descarta "apoios'
Sabe que o que lhe resta
É verdade com ôios
E lamber com a testa
Esse coroa
Não tem achaques
Aceita numa boa
Os seus recalques
Rejeita qualquer tipo de dó
Da vida só quer raspar o cororó.
Letra de toada ou baião. Cororó é aquela aderência e restos que fica grudada na panela. William Porto. Inté.