Marcas da vida
Gilberto Carvalho Pereira – Fortaleza, CE, 10 de novembro de 2024
As dores que na idade sinto
Não são mais as do coração
Dores que o insensível destino
Vem gravando sem permissão.
Deixando em meu corpo, qual vilão
Em insana e implacável vontade
Profundas marcas, sem emoção
A destruir a vida com crueldade.
Dores que arde dificultando movimento
Impedindo gozar a vida em pleno lucidez
Em completo e infinitos desalento
Sem reclamar da vida, do momento
Vou gozando-a como me resta alcançar
Esperando, assim, um dia melhorar.