Cotidiano

Há um eco no relógio,

um murmúrio que arrasta o corpo,

enquanto a cidade se acorda,

velha amiga de passadas repetidas,

envolta em fumaça e pressa.

São rostos anônimos na rua,

perdidos em linhas retas,

meus olhos vagam, errantes,

seguindo o ritmo da rotina

que se entranha, fria, nas veias.

E ao fim do dia, um silêncio,

o peso da constância nos ombros,

no vazio de tudo o que é igual.

Sob o teto, reencontro-me,

sussurrando ao escuro, um dia a mais.

Giovanni Pelluzzi

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 16/11/2024
Código do texto: T8197895
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