O final do dia.
O sol vai se escondendo no horizonte,
As galinhas correm logo para o poleiro,
A lua vai surgindo atrás de um monte
Sendo observada pelo nobre roceiro.
Enquanto no final de mais uma tardinha,
A raposa rondando um chiqueiro de galinha
Sai correndo assustada com um cachorro,
Uma cabra no cercado dando cria
Marcando o final de mais um dia
Com o sol desaparecendo atrás do morro.
Na cidade o sol também vai sumindo
E o trabalhador bate logo o seu cartão,
As nuvens ao longe vão se colorindo
Pintadas pelo sol com maestria e paixão.
As crianças vão voltando da escola,
Já pensando em irem jogar bola
No próximo final de semana.
O comerciante se despede da freguesia
Encerrando mais um puxado dia
Guardando no cofre toda a grana.
A noite vai chegando de mansinho,
Um par de bêbados vão cambaleando
Seguindo a estrada e bebendo vinho
Em outro bar vão logo entrando.
O marido vai chegando em casa
O amante da esposa logo cria asa
E voa por cima de um grande muro.
Dois velhos sentados numa calçada
Contam histórias da vida passada,
Ao passo que a luz dá lugar ao escuro.
Autor (Gilberlandio Francisco – 29/08/2020)