O jovem
La vem o jovem que segue sem parar,
Os olhos presos às telas a brilhar,
Caminha pela calçada disperso sem se atentar,
Apenas buscando o que as telas veem a lhe mostrar.
Despreza o sol que brilha no horizonte no amanhecer,
Tão belo e vibrante que me faz crer,
Que a morte surgirá quando ele desaparecer.
A tarde acabara de chegar,
E o jovem em sua cama opta por se deitar,
Persiste em olhar para as telas
Que esquece de olhar pelas janelas
Para ver que a estrela brilhante está a repousar.
A noite cai,
Cada estrela é uma alma vagante,
Que deixam o céu mais elegante,
E o jovem para essa beleza não dá nenhum valor,
Vive no seu mundo virtual e redundante
Onde tudo é explicito e sem qualquer pudor.