A Madrugada e Eu
Quando a noite cai e o mundo silencia,
Eu encontro a calma, minha companhia.
No escuro sereno, as palavras vêm,
Sussurram segredos que só a noite tem.
A casa dorme, o relógio cansou,
Mas a madrugada em mim despertou.
Com papel e caneta, eu me ponho a criar,
Pensamentos soltos, livres pra voar.
É o tempo sem pressa, o verso sem rumo,
O silêncio é meu guia, o café, meu consumo.
Ninguém para ouvir, ninguém pra julgar,
Só eu e as palavras a se encontrar.
E assim, eu escrevo, até o sol chegar,
Guardo os rabiscos, deixo a noite passar.
A madrugada e eu temos um pacto fiel,
Enquanto o mundo dorme, escrevo ao léu.
Helena Bernardes,
out,2024