Abre a porta, que eu vou voltar

Ô abre a porta, minha gente

Eu tô de volta e pra ficar

Como sofre o povo do rio

Como sofre a celebrar

Não se cansa dessa vida

E ele nem vai lamentar

Muita gente fala coisas

Mas não sabem como é lá

Não conhecem o seu brilho

O seu encanto e o seu congá

Quem te vê só pelos pingos

Não entende seu sangrar

Do seu povo tão sofrido,

Mas que não para de sonhar!

Abre a porta, minha gente

Porque o Rio vai passar

Não se abala, não se engane:

- Ele veio para ficar.

Eu também, que sou peixinho

Vim nadando para cá.

Rosa de Almeida
Enviado por Rosa de Almeida em 23/10/2024
Código do texto: T8180371
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