Tempos secos
Estamos em meio a tempos secos
Com grandes tempestades de sol
E piscinas rasas...
Junto a sede de amores líquidos
Desapegado da casualidade e inimigo da imortalidade
Com constantes reclamações de estar só
Indisposto de trocar minha calma rotina
E o medo de se tornar um fardo
Sou severamente viciado nessa solidão
Vendo meus tempos dourados se esvair no espelho
Estou nessa prisão de ego
Pois tenho tanto tempo pra jogar fora
É tanta ferida causada por um qualquer
Que se um dia eu ver um amor sequer
Eram águas rasas em tempos de tempestade
Junto a toda essa dor no peito do medo da verdade
Estou seco de suor e água
Se afogando naqueles pensamentos
Na garganta a dor da sede de bons versos
Tentando preencher vazios que eu deixei
Eu me matei pelo perfeccionismo
E enterrei todo aquele ego tarde demais
Aqui jas um amor tranquilo
Eu não mereço meus desejos