Animal
Nasci sobre o signo da Morte
Cheguei ao mundo sozinho, sem saber o que é o Amor
Fui criado pelas mãos frias da Indiferença
Moldado pelo barro vermelho do Ódio
Cresci à base de restos de comidas e sentimentos, dieta indigesta
Criado nas sarjetas, minhas humildes residências
Aprendendo com uma dura professora, a Vida.
Hoje sou aquele que você finge enxergar
Sou folha rasgada abandonada ao vento
Sou a criança que não pode chorar
Minha vida é uma guerra sem fim
Que meu choro e meus latidos
Sirvam para descongelar seu coração
Que meu abanar de rabo aqueça sua alma
Que sejamos eternos amigos, aqui e do outro lado