Uma máquina de escrever Remington

Uma máquina de escrever

Remington daquelas portáteis

Azul com todas as teclas

Preservadas e funcionando

Não há tanto tempo fazia

Parte de algumas casas

E escritórios onde eram

Muito úteis até em coisas

Cotidianas e para escrever

Contos crônicas poesias

Romances era daquelas

Incentivavam a tirar

Folhas de papel sulfite

(Em São Paulo papel

Ofício na Bahia)

No chão um pano colorido

Onde deita-se o pet

(Para os mais arcaicos

O dog ou cat vixe não

O cachorrinho ou o gatinho)

A máquina ali parada

Quietinha sozinha e

Por sorte como objeto

De decoração da casa

Porém o chat (desculpem

Tou atrapalhado com as

Palavras é o gato Peleu)

Deitado no chão no

Seu paninho dormindo

Curtindo uma pestaninha

Abrindo e fechando os

Olhinhos por vezes

Sem ouvir como ouvia

Sua avó Nereida os

Sons das teclas ritmados

Da Remington e a vovó

Balançava as orelhinhas

A cada batida de tecla

Era o acompanhamento

De Nereida parecia ela

Ditava com suas orelhinhas

A próxima palavra e

Quando era escrita

Aprovava com o balançar

De sua orelhinha

Peleu já derrubou

Por vezes a Remington

Tentando deitar-se em cima

E já não derruba

Mais pois sabe não

Consegue ficar ali

Além de ser desconfortável

Só brinca embaixo com

Seu ratinho de pano cozido

Quando não tá com preguiça

Demais e só quer ficar no

Seu paninho quando tá frio

Ou não tá quente pois quando

Tá quente deita-se no chão

Frio mesmo perto do paninho

Nem lembra mais de vovó

Nereida aquela brigona

Rodison Roberto Santos

São Paulo, 01 de outubro de 2024

Rodison Roberto Santos
Enviado por Rodison Roberto Santos em 03/10/2024
Código do texto: T8165273
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