Óstia

Perante o divino olhar crítico

Sou pecador e impuro

Me mutilo nos sombrios pensamentos

Carrego cicatrizes de exaustão

Não tive fé o bastante para acreditar em ti na perda

E não busco render-me ou salvar-me

Mesmo que a carne trema perante ao medo

Acho que no destino devo agir com impulso

Oh glorioso divino, não procuro perdão ou misericórdia

Mas não pretendo me entregar as maldades

Tento ser gentil e esperançoso para fazer exemplo ao mundo

Talvez eu consiga fazer do inferno um lugar melhor

Os punhos serrados não ganha guerras

Mas na mortalidade eu temo perde-la

Não abro mão dessas asas de virtude

Eu preciso do meu espírito livre

Divino, não sei se sou bom

Mas me esforço para não ser o pior dos homens

Mas a tortura eterna me parece injusto

E a calmaria me torturaria ao tédio

Me vejo em um abismo entre aprisionar o corpo e a mente

Se for para partir, me transborde em energia

Daquelas que inspira arte e ecoa nos saraus

Pois eu sempre fui essa energia

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 30/09/2024
Reeditado em 30/09/2024
Código do texto: T8163475
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