Óstia
Perante o divino olhar crítico
Sou pecador e impuro
Me mutilo nos sombrios pensamentos
Carrego cicatrizes de exaustão
Não tive fé o bastante para acreditar em ti na perda
E não busco render-me ou salvar-me
Mesmo que a carne trema perante ao medo
Acho que no destino devo agir com impulso
Oh glorioso divino, não procuro perdão ou misericórdia
Mas não pretendo me entregar as maldades
Tento ser gentil e esperançoso para fazer exemplo ao mundo
Talvez eu consiga fazer do inferno um lugar melhor
Os punhos serrados não ganha guerras
Mas na mortalidade eu temo perde-la
Não abro mão dessas asas de virtude
Eu preciso do meu espírito livre
Divino, não sei se sou bom
Mas me esforço para não ser o pior dos homens
Mas a tortura eterna me parece injusto
E a calmaria me torturaria ao tédio
Me vejo em um abismo entre aprisionar o corpo e a mente
Se for para partir, me transborde em energia
Daquelas que inspira arte e ecoa nos saraus
Pois eu sempre fui essa energia