MAIS UM... NINGUÉM
Nasceu não sabe como, quando, onde, muito menos porquê.
Cresceu como pôde. Por aí, sem muito saber.
Pra cada pedaço de pão, agradecia.
Quando não tinha, não reclamava... Só sorria.
Assim viu a vida se confundir entre fases. Bondades e maldades.
Qualquer chão duro era cama; qualquer jornal velho, cobertor...
O desprezo era a regra; Sem palavras, enfrentava a dor...
Que não entendia, só sentia...
Assim, sem nome, sem data, sem nada...
Até que alguém o percebeu...
E finalmente, ele existiu.
Pra um pedaço de chão, vestido de caixão.