Ciranda
Primeiro foi o João...
Ela pensou que era amor,
O primeiro de sua vida,
E deu-se assim por inteira,
Mas era apenas paixão.
Passou...
Depois, chegou José,
Cativou-a com um sorriso,
E a cobriu de carinhos,
Mas depois vieram as lágrimas,
Era amor de improviso...
Acabou...
O Carlos chegou ligeiro,
E ela se entregou sem medo,
Mas esse amor, como os outros,
Não durou mais que um mês,
Era um caso passageiro...
Passou...
E quando não quis mais ninguém,
Eis que aparece o Joaquim,
Com seu jeito cativante,
A conquistou num instante.
Mas de repente, do nada,
O amor chegou ao fim...
Chorou...
E depois de algum tempo,
Se apaixonou outra vez,
Era Paul, vindo de longe,
Com os beijos que ela queria
E palavras que não entendia,
Ela não falava inglês...
Calou...
Mas resolveu certo dia,
Que iria se dar outra vez,
A chance de ser feliz...
Mas as marcas que traz no corpo
E a alma que ainda sangra,
São lembranças do Luiz...
Parou...
E nesta ciranda de encontros,
Foi perdendo a esperança
E todo o amor que tinha...
Fechou as portas da casa,
Apagou o sorriso dos lábios,
Perdeu o brilho do olhar
E escolheu ficar sozinha...
E ficou...