Bebida

Cálice de poesia

Licor de trovas

Água de lirismo

Ao copo que transborda

Alma inquieta e enigmática

Sacia a sede

De transpor o substrato

De mil especiarias

Bebe o veneno

Do infortúnio

Em copos

De marfim

Mangas de renda

Na madeira negra

De verniz e látex

Sorve o caldo

Do eterno que no

Peito o sonho

Doce e salgado

Bebo a poesia

De garrafa

De pedras

E balas

Valdecir Rezende de Souza
Enviado por Valdecir Rezende de Souza em 12/09/2024
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