Não vá para o açude
Não vá para o açude
Não leve esse menino
Para o açude no açude
Morre gente o açude
É fundo no açude
Tem piranhas comem
Gente comem animais
Burros já se afogaram
No açude e crianças
E gente grande
Cuidado ao passar
Na banca do açude
Pode escorregar
Pode cair e é fundo
Onde cai a água
É escura tem lugar
Tem areia movediça
Pode encher de repente
O açude não é lugar
Para menino passear
Não é lugar para
Ninguém tomar banho
Não é lugar para nadar
(Porque lembrei do açude Serrote em Serrolândia na Bahia onde nasci)
Rodison Roberto Santos
São Paulo, 11 de setembro de 2024