Não acredito na beleza sem espinhos.
Toda beleza tem o seu cárcere, a palavra que soa áspera e a pétala que tenta
ocultar-se dos hábitos da pragas.
Já adormeci sob a Lua tendo inúmeros pesadelos
quando só queria o contorno dos sonhos. Falhei. Falhei? Talvez, os astros tenham sido cruéis comigo.
Já divisei as minhas primaveras maldizendo cem outonos, vencida pela vida implacável.
Manejei o deserto ao esquecimento, ordenei arqueiros para os que desdouram a paz do meu silêncio. Não me perturbem com coisas fúteis! Nem embandeirem causas falidas, pois não as quero.
Não me pronunciem idiomas que não me são conhecidos, não anoiteçam o meu tempo. Não ando lá muito aventureira. Apenas ando remota e combatendo o que me impede de sonhar.
"FRUITS OF MY LABOR" - Give It To 'Em, FLORABELLE!(Live at Le Petit Cafe)