Atlas

Tive o prazer de carregar cada pecado

Com a graça de sorrir e continuar bom

Posso calar-me em meio aos anjos

Ou ser mal visto entre os demônios

Sou a cria mais amada do divino, o humano

Ele me deu dois braços para escolher o fardo a carregar

Eu tenho o prazer de viver um último dia

E o presente de acordar na manhã seguinte

Se eu posso voar em meio aos anjos eu peço serenidade

Mas se pousar-me em meio aos demônios eu peço um momento

Não posso passar no mundo sem sucumbir ao prazer

E nem desfrutar da paz sem antes ter conhecido o sofrimento

Quero carregar fardos de ambos os lados

E equilibrá-los nesta abóbada da vida

No fim eu a carrego e reconheço cada estrela

Deste teto que feito Michelangelo eu traço meus últimos dias

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 29/08/2024
Código do texto: T8139782
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