Saudade é bom, mas dói
Saudade é um sentimento tão profundo quanto contraditório.
É um nó no peito que traz a memória doce de momentos passados, de pessoas queridas, de tempos que não voltam mais.
É aquela visita inesperada da lembrança que, ao mesmo tempo que aquece, fere.
Ela se alimenta do carinho que guardamos, das risadas, dos abraços apertados, das palavras ditas e das que ficaram por dizer.
Saudade é o reflexo do amor, da amizade, do desejo de reviver aquilo que já foi.
É a certeza de que algo foi bom o suficiente para ser eternizado dentro de nós.
Mas a saudade dói.
Ela pesa no silêncio das noites, na ausência que grita, na falta que se sente.
É a dor de não poder tocar, ouvir ou ver aquilo que tanto fez bem.
É o preço que pagamos por ter vivido momentos especiais, por ter amado intensamente, por ter sido feliz.
Saudade é, assim, uma mistura de dor e prazer.
É um caminho entre o que foi e o que é.
É o desejo de voltar no tempo, mas também a aceitação de que a vida segue em frente, levando consigo pedaços do que fomos.
E mesmo que doa, é um sentimento que nos faz humanos, que nos conecta ao que há de mais verdadeiro: a nossa capacidade de sentir e de amar, apesar de tudo.