POESIA INACABADA

De frente do espelho não me reconheço,

sou insensato, arrogante, sem modos.

Sob o mar me banho de sal e de lodos

na solidão do que faço e aconteço.

Sou cercado de multidão e desconheço

a felicidade e a fé acumulada de todos

já fui amado e odiado por um e por outros

mas sempre clamei a Deus quando peço.

O que me da força e a firmeza da mudança

e a calmaria do mar que faz a esperança

de um dia me despertar a madrugada.

Sou uma estátua de pedra lapidada,

um muro construído na calçada,

e uma poesia de amor inacabada.

joao bosco neves
Enviado por joao bosco neves em 09/08/2024
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