POESIA INACABADA
De frente do espelho não me reconheço,
sou insensato, arrogante, sem modos.
Sob o mar me banho de sal e de lodos
na solidão do que faço e aconteço.
Sou cercado de multidão e desconheço
a felicidade e a fé acumulada de todos
já fui amado e odiado por um e por outros
mas sempre clamei a Deus quando peço.
O que me da força e a firmeza da mudança
e a calmaria do mar que faz a esperança
de um dia me despertar a madrugada.
Sou uma estátua de pedra lapidada,
um muro construído na calçada,
e uma poesia de amor inacabada.