À TARDINHA
Sábado, Setembro
Vinte e três, a tarde encerra.
Com a beleza do astro-rei
A esconder-se atrás da serra.
Contemplo pela janela.
Tempo some, vida passa.
Dia vai perdendo o viço
Ante a penumbra que o grassa.
Assim também é a vida
Quando o ocaso nos cerca.
Se a trajetória foi doce
A gente então nada alterca.
E seguimos ao ocaso.
Cumprindo nossa jornada
A alma adentra ao etéreo.
Livre, leve, imaculada