Visita

Vou lhes contar uma história

Que trago na memória

Não sei porque, mas achei

Que um dia fui rei

Não sou de fazer fita

Ha coisa mais bonita

Do que ser visita?

Na caminhada, apeei

Em aleatória, avistei

Uma casinha simplória

Bati palmas , à porta

Sem avisar a chegada

Fui gritando

Ô de casa?

E logo sendo atendido

Com aperto de mão estendido

Na abençoada casa

Convidado a entrar

Fiz um ato de respeito

Retirei o chapéu levando ao peito

Sem nenhuma indiferença

Pra entrar pedi licença

E com aceno concedido

Não ia ficar lá fora

Não sou de fazer fita

Ha coisa mais bonita

Do que ser visita?

Meu fi, pode se abancar

Foi logo me oferecido

Na sala o melhor lugar

Arejado e confortável

E como que sem demora

O anfitrião logo oferece

Uma água, um café passado na hora

A dona da casa sem demora

Vai abrindo a cristaleira

Fui servido de bandeja

Com a mais nova chávena

Na hora do sustento

não teve alvoroço

Do que tinha na dispensa

foi feito o almoço

Para o banquete fui convidado

Com lugar à mesa reservado

A dona da casa em pé ao lado

foi logo dizendo assim

Meu fi, bote mais um pouquim

Não sou de fazer fita

Ha coisa mais bonita

Do que ser visita?

Nunca fui merecido

Tamanha gentileza

E o anfitrião com certeza

Vale mais do que ouro

E agradecendo o afeto

Olhei acima do teto, o limpo céu

E com muito respeito

Entoei um brado de efeito

Levantando o chapéu

Acenando em despedida

Inté mais vê, nessa vida e

"Que Deus lhe pague"

Mona Oliver
Enviado por Mona Oliver em 15/07/2024
Reeditado em 16/07/2024
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