Visita
Vou lhes contar uma história
Que trago na memória
Não sei porque, mas achei
Que um dia fui rei
Não sou de fazer fita
Ha coisa mais bonita
Do que ser visita?
Na caminhada, apeei
Em aleatória, avistei
Uma casinha simplória
Bati palmas , à porta
Sem avisar a chegada
Fui gritando
Ô de casa?
E logo sendo atendido
Com aperto de mão estendido
Na abençoada casa
Convidado a entrar
Fiz um ato de respeito
Retirei o chapéu levando ao peito
Sem nenhuma indiferença
Pra entrar pedi licença
E com aceno concedido
Não ia ficar lá fora
Não sou de fazer fita
Ha coisa mais bonita
Do que ser visita?
Meu fi, pode se abancar
Foi logo me oferecido
Na sala o melhor lugar
Arejado e confortável
E como que sem demora
O anfitrião logo oferece
Uma água, um café passado na hora
A dona da casa sem demora
Vai abrindo a cristaleira
Fui servido de bandeja
Com a mais nova chávena
Na hora do sustento
não teve alvoroço
Do que tinha na dispensa
foi feito o almoço
Para o banquete fui convidado
Com lugar à mesa reservado
A dona da casa em pé ao lado
foi logo dizendo assim
Meu fi, bote mais um pouquim
Não sou de fazer fita
Ha coisa mais bonita
Do que ser visita?
Nunca fui merecido
Tamanha gentileza
E o anfitrião com certeza
Vale mais do que ouro
E agradecendo o afeto
Olhei acima do teto, o limpo céu
E com muito respeito
Entoei um brado de efeito
Levantando o chapéu
Acenando em despedida
Inté mais vê, nessa vida e
"Que Deus lhe pague"