arq. do autor
A NOITE DE CADA UM
Valdir Rangel
Fim de tarde
Começo da noite
O silêncio escuro
Chegando em açoite
A noite sempre trás
A escuridão estrelada
Canto intermitente de grilos, duendes lua e fadas
A noite é misteriosa
É gostosa e muito bela
Se amplia no amor
Por detrás das portas e janelas
A noite tem o silêncio
E o barulho adequado
Guarda no seu escuro
O segredo dos apaixonados
A noite é criança
No balanço do tempo
Ela é das ruas, das casas
E das orações nos conventos
A noite é também desespero
É jaula de solidão
Pra quem temperou o seu amor
Com o tempero da doce ilusão
A noite é dos amantes
É também dos sangrentos vampiros
Dos lobisomens uivantes
E dos que acreditam
Num amor impossível