POEMA ÁRIDO

Minha poesia é muito seca.

Ela fez parte da razão da existência

Do meu ser poético por ti.

Não sou um poeta lírico.

Sou um poeta seco por natureza.

As palavras dos meus poemas

São comuns a todo mundo.

Não busco palavras líricas

Para expressar o que sinto.

Sinto o que todo mundo sente.

Vivo no mesmo mundo de muitos.

Não sou nem um pouco romântico.

A dor que sinto é de ranger os dentes.

A febre tão alta que nem sei se vou reagir.

O que sinto agora é um mundo ausente

E uma vontade louca de sair gritando por aí.

Esse mundo aqui é árido demais.

A fertilidade escorre por entre os dedos.

Já não brinco mais como antigamente.

Sou um poeta árido como muita gente.

Minha poesia vai sair molhada.

Basta que chova em minha horta.

No olhar agudo de sempre,

Há uma pequena esperança

De que algo mude a trajetória

E nos dê a chance da vitória

Que é deixar um belo legado

Ao povo brasileiro

Com um belo texto

De um amor verdadeiro.

A poesia pode criar asas

Pode sair voando por aí,

Demonstrando a alegria do povo

Tão sofrido e enganado,

Mas que luta apesar dos obstáculos

E com certeza vai vencer todos eles.

O sonho é mais profundo.

A alegria é viver o mundo.

Assim escrevemos algumas poesias

Que nos demonstrem a fantasia

Nesse planeta terra

Com muita paz e menos guerra.

A poesia vai denunciar

Tudo o que há de errado

Assim poderemos ser importantes

Para todas as revoluções

Que possam existir

No mundo da poética

E no mundo da estética

E no mundo da ética

Capaz de transformar a todos

Para o bem da humanidade.

Itabuna – BA, 2016.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 02/07/2024
Código do texto: T8098601
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