ME PROCURA NO FUNDO DO POÇO
Se teus desejos para comigo são contra a minha vontade,
Me procura no fundo do poço,
Onde as sombras dançam e o silêncio fala,
E a esperança é um fio tênue, prestes a se romper.
Se queres fingir me amar,
Me procura no fundo do poço,
Lá onde os ecos da verdade são abafados,
E a dor é um companheiro constante.
Se tua prioridade são aparências,
Me procura no fundo do poço,
Onde as máscaras caem e as faces nuas,
Revelam a essência do ser, despida de adornos.
Se não concordas com meu modo simples de viver,
Me procura no fundo do poço,
Onde as vaidades perdem seu brilho,
E a simplicidade se torna um farol na escuridão.
Se não amas a minha cultura,
Me procura no fundo do poço,
Lá onde raízes profundas se entrelaçam,
E a identidade floresce mesmo na adversidade.
Talvez lá, no fundo do poço,
Encontres um novo eu,
Que renasça com as características de que precisas,
Um ser moldado pela escuridão e pela esperança,
Pronto para emergir, revigorado, à luz do teu amor.