Eu tenho uma inquietação marinheira,
rio dos meus naufrágios,
afogada e sem poder embarcar.
Meus olhos,
veludos,
pássaros mutilados,
estonteados pelo perfume da maresia,
primitivos e ancorados
no reflexo de resina,
embalados,
flutuam comigo,
em ressaca
nos braços do cais.