Um caminho sem volta

Eu percebo que com passar do tempo

Que as coisas vão a esvair e se perde

Todo o sentido de algum sentimento

Ou algum afeto que vai se esfriando

Pois as neuroses paralisam o carinho

Que deveria ser muito mais constante

Mas no entanto com a visceral rotina

Que mata cada palavra pra amenizar

Algum cansaço de um dia de labuta

Torna-se difícil nas asperezas do ser

Que age de forma tão abruptamente

A descarregar toda raiva e frustração

Num alguém que apenas te ama tanto

E assim se cria um ácido ressentimento

Que abre feridas que não se cicatrizam

Mas apenas jorra sangue, dor e tristeza.

Enfim já perplexo e sem entender nada

Com este tipo de atitude bizarra e fria

Reajo de forma tão agressiva como fui

Do mesma jeito agredido e assim saio

De perto de ti e procuro ficar sozinho

E cada vez mais abrandando o carinho

Para contigo, fico acuado numa prisão.

De decepções e angustiado fico triste.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 28/06/2024
Reeditado em 11/07/2024
Código do texto: T8095293
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