No ônibus
Esses cabelos molhados de banho
Essa face que meio olhando a rua
Meio agraciando meus olhos
Segue no banco da frente.
Vai sem saber do meu pulso
Ignorando meu coração acelerado
E sonha com os cabelos molhados
Aerados sob o orvalho do Borisova.
Doçura que vem sei lá de onde
Virtude que esconde um desejo de lua
Cena que de bom grado se repete
Descemos no mesmo ponto da rua.