ONDE MORA A POESIA?
ONDE MORA A POESIA?
A cada nascer da aurora
Na aura que não se vê.
Num poente e num repente
Bem além do se pode crer.
Ah! Nas pedras sob o caminho
Lá no aconchego do ninho.
Em pétalas sem os espinhos
Onde brota o riso solto.
E instala a fluidez
Como líquido cristalino
Torna a vida bailarina
Como a altivez da menina.
Na crença e na confiança
Ora, tempestade e ora bonança
No fio da esperança.
No momento de uma lembrança
De histórias de infância.
Na alva beleza escondida
Que passa desapercebida.
Há mar de águas serenas
Na ponta de uma pena
Tem luz que entra em cena.
Ana Maria Santana