Chuva
Chuva
Na dança suave do céu e da terra,
Ecoa a canção da chuva, serena e mansa.
Gotas de prata que caem sem pressa,
Bordando o ar com sua graça densa.
Rios celestes que descem do alto,
Afagam a terra num abraço exato.
Lavam os pecados da cidade agitada,
Num murmúrio doce de paz revelada.
Nas folhas, nas flores, nas ruas vazias,
A chuva escreve histórias, segredos, poesias.
Um refrão de esperança, de renovação,
Que lava a alma e nutre a inspiração.
E assim, sob o manto dessa sinfonia,
Corações se aquietam em melancolia.
Na serenidade que a chuva proporciona,
Encontramos a paz que o mundo anseia e implora.
Então, que a chuva continue a cair,
Como um bálsamo suave a nos nutrir.
E que em cada gota, em cada pingo,
Encontremos o amor, a beleza, o abrigo.
Zezé Libardi