Velas ao vento
A época era de silêncios
O sol não brilhava para ninguém
A alma afogada num sepulcro negro
A vida plena estava subtendida em viver no além
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Não me diga que estava sonhando
Entre quatro paredes o mundo passava
Um velho radio, um lar desfeito, as visitas do anjo
Carrasco e refém se defrontavam em constate luta armada
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A arte não tem governo nem fronteiras, mas
Mesmo o silencio que invade não impede da chama brilhar
Um amor verdadeiro não sucumbe ao tempo nem ao dinheiro
Nada neste mundo nos impede de viver, sonhar e sobretudo, pensar
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Uma nau, um navegante solitário, uma tempestade em alto mar
Ter ciência de si, do poder da razão frente a sociedade desigual
Dificultoso conviver, mas relativamente simples domínio
Quando se domina as rédeas do que é a ilusão e coisa real
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O amor é o que nos mantem
Os ideais não morrem, no máximo se calam por alguns momentos
A dor que nos impingem procura nos afastar dos verdadeiros objetivos
A alma não se cala pois dela parte os verdadeiros sentimentos
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Velas ao vento, o mundo está ai para ser vivido
Não importa o quanto o horizonte pareça distante
O gênio indomável em cada um é que determina
Se a batalha é boa, vence quem for perseverante
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Manoel Claudio Vieira – 06/05/24 - 03:23h