Ploc, Ploc

Como é bom o sossego que eu

Sinto quando estou aqui

No campo fugindo do urbanismo.

Nessa pousada muito bem estruturada

Além de ser muito vedada

Não se escuta nem os grilos.

Até que algo inesperado aconteceu

Um ploc, ploc ininterrupto

Um barulho progressivo

Que acabou interrompendo

O meu sossego e me fez

Rolar no leito pelo incomodo

Nos meus tímpanos.

Mas as janelas estão muito bem

Fechadas não têm como se ouvir

Nada é de dentro que está vindo

Me levantei muito do injuriado

Procurei pelo culpado

E encontrei-a na cozinha.

Na pia estava a autora irresponsável

Com seu ploc, ploc desgraçado

Que me lembrou o urbanismo

Até xinguei-a mesmo sendo inanimada

Pelo desconforto que me causava

E fui dormir bem mais tranquilo.

Deixa a ira, e abandona o furor; não te enfades, pois isso só leva à prática do mal. Sl 37:8

Antonio Sergipano
Enviado por Antonio Sergipano em 26/04/2024
Reeditado em 27/05/2024
Código do texto: T8050366
Classificação de conteúdo: seguro