Ploc, Ploc
Como é bom o sossego que eu
Sinto quando estou aqui
No campo fugindo do urbanismo.
Nessa pousada muito bem estruturada
Além de ser muito vedada
Não se escuta nem os grilos.
Até que algo inesperado aconteceu
Um ploc, ploc ininterrupto
Um barulho progressivo
Que acabou interrompendo
O meu sossego e me fez
Rolar no leito pelo incomodo
Nos meus tímpanos.
Mas as janelas estão muito bem
Fechadas não têm como se ouvir
Nada é de dentro que está vindo
Me levantei muito do injuriado
Procurei pelo culpado
E encontrei-a na cozinha.
Na pia estava a autora irresponsável
Com seu ploc, ploc desgraçado
Que me lembrou o urbanismo
Até xinguei-a mesmo sendo inanimada
Pelo desconforto que me causava
E fui dormir bem mais tranquilo.
Deixa a ira, e abandona o furor; não te enfades, pois isso só leva à prática do mal. Sl 37:8