O LIRA DO DELÍRIO
O LIRA DO DELÍRIO
MITO, MITO que flamejas
Na ignorância das trevas
Pelas florestas das mentes
Canhestras. Queres tornar-te
Um ditador sem igual
Que terrível assimetria
Arde em teus olhos de cobra
Em tua mente de lorpa, tantã
Pascácio, parvo, beócio, boçal
Sobre palcos te atreveste ascender
Com discursos de bálsamo bengué
Por que o Xandão demora capturar
As fibras negras de teu coração
Que está a pulsar pedindo pinico
Para não cair na prisão
De que astúcias ainda és capaz
De urdir nas fibras da contramão???
Teu coração choroso e viscoso
Não para de pulsar no abismo
Da Caverna de Platão
Quem te trouxe até a Câmara
Na profunda caserna de deputados???
Que foice, que martelo te forjaram???
Que bigorna maldita te bateu
Em que cadeia temes ir dormir
Junto à mordaça poderosa da rosa
Nascida no jardim de teus temores???
Quando os astros lançaram cometas
E dardos, e regaram de mentiras
E terrores o azul do céu brasileiro
Tu sorrias com a possível criação
De outra antidemocracia
Quem criou os rebanhos de cordeiros
Também te criou???
MITO, MITO, que flamejas
Ansioso por mentir e abusar
Das redes sociais, criar no gado
A flamejante chama do tarado
Por totalitarismo. Quem te deu vida
Aos cordeiros e bodes também criou
E te vê com olho imortal
Plasmar tua hedionda assimetria
Transformas conhecimento aplicado
À serpente e expertise do mercado
Teus políticos tocam a Lira
A mesma que Nero tocou.