ESSAS DORES LIVREMÉTRICAS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.
ESSAS DORES LIVREMÉTRICAS... Luiz Gilberto de Barros - Luiz Poeta.
Algumas vezes, meu amor - que é tão menino -
tão pequenino para um grande coração,
torna-se fonte e faz... de um pranto... cristalino...
um riso leve, divertindo a solidão.
Há, nos rumores inaudíveis do que eu choro,
uma cantiga tão antiga e comovente,
que só a ouve quem a lê, quando eu imploro,
sua emoção mais solidária ... e mais carente.
O intransigente eventual que me visita,
dirá : que tolo!... Insiste tanto no lirismo,
que não percebe que a poesia mais bonita
fica restrita à solidão do Romantismo.
Porém a dor mais livremétrica não brota
do raciocínio, cuja fisiologia
rabisca o texto com a lágrima e desbota
a epiderme de uma página... vazia.
É divertido rir dessa filosofia
impositiva,
pois se acordo do que e sonho,
a minha vida fica mais reflexiva,
e minha dor, já nem sei mais onde eu a ponho.
...
2008 - Da obra "Na pele da Poesia" de Luiz Poeta. Registrado e Publicado no Recanto das Letras e na BNRJ