VIVER INTENSAMENTE
Encontro marcado sem pódio de chegada.
Desencontro como faces da mesma moeda.
Entendimento de que tudo pode ser nada.
Desentendimento havido que deixa marcas.
Acerto que define situações.
Desacerto que mancham o amor nos corações
Tudo a ver com tudo que quer ter algo a ver.
Nada a ver tio, tia, avó, avô, primos e primas!
Tudo em conformidade com o momento.
Nada a declarar sobre aquele episódio em que o
Belo mesmo era não estar ali na cena do crime
Feio seria não dar conta do recado e no
Escuro tudo pode acontecer, inclusive nada!
Claro que tudo não passou de um sonho meio
Nebuloso e sem muito nexo com a realidade que na
Transparente estrada fazia o maior show em que
Destino, acaso, incerteza se cruzavam na
Objetividade, verificação, certeza de quase tudo
Amor maior, ilusão sem limites.
Ódio, rancor, desilusão é um palpite
Tranquilidade, felicidade, paixão é o que existe.
Agitação total, infelicidade, contradição ainda persiste.
Amor acontece ao planejamento em delírios de momentos.
Amor, que nada! Grande tormento e uma grande dor por dentro.
Indecisão, confusão, paixão repetida e uma fala esquecida.
Na vida, quase nada vale a pena e tudo é uma alma serena,
A não ser cada momento vivido intensamente no global
Em que a alegria está ausente,
Mesmo que se viva o amor intensamente,
Pois há altos e baixos
Que regulam dos pensares de nossas mentes
E tudo ou nada se acaba tão de repente.
Ouro Preto – MG, 2010.
Aires José Pereira é professor do curso de Geografia e do Programa de Mestrado em Gestão e Tecnologia Ambiental da UFR. É coautor do Hino Oficial de Rondonópolis, membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense, membro efetivo da Academia Rononopolitana de Letras e possui vários livros e artigos publicados.