Não sou ninguém
Diante a imensidão do universo
Quem sou eu diante o meu verso
Um mero seguidor de todo falso clero
Deus, escute bem enquanto rezo
As vezes me sinto um grão de areia na tempestade
Verdade, acho que não sou alguém que deva ser levado a sério
Não nego, quantas vezes por medo já fugi dessa realidade?
Maldade, é apenas uma pequena demonstração da humanidade e se eles são assim eu sou vitima dessa calamidade
Diante a tudo sou apenas o olho que tudo vê
Que observa aos prantos todo esse procedê
Sou covarde, não nego pois se nem o gigante acorda eu não sou ninguém
Eu apenas observo se essa revolta ainda palpita no peito de alguém
Quem vai levantar na queda da ultima árvore?
Quem vai matar a sede depois que secar os rios?
Quem vai? Salvar a humanidade de nós mesmos.
Diante a todo esse mal eu não sou ninguém.
Talvez eu seja louco, hipócrita e mais um pouco
Pois enquanto grito eu ascendo um fogo
O mesmo que queimou a mata o museu e mais um pouco
Na esperança desse verso ecoar um pouco
Ou que no céu chova de mansinho pra ver se aquele broto cresce mais um pouco
Quando o ultimo sopro for interrompido por uma corda
Quando os poetas pararem de escrever prosas
Quem vai gritar para a humanidade por ajuda
Se os humanos causam tanto medo, eu recordo bem das historias do navio negreiro
Talvez eu seja meio biruta
Escrever cartas pra essa gente estúpida
Que se divide em qualquer possibilidade mútua
É que nos gritos vagos exaltavam que a união faz a força
Quando eu publicar essa linha serei taxado de louco
Por acreditar que o próximo vai se dar ao troco
Eu preciso passar essa mensagem pra alguém
Pois diante a toda furia da humanidade
Eu não sou ninguém