KU BELE
.
Numa voz rouca oscilante
apregoa na auroura crepuscólica
todos os dias: mpão, mpão, mpão.
Pendurado vaidoso no azul e branco
E o pregão desgastado na boca: metaplasmo.
Kubele dança em kamangus
apertados pelas nádegas
dançantes em emagrecer
nos espaços ínfimos.
Ku bele tem mujimbo
adocicantes das viagens
negação das paisagens
em amargos dias.
.
Ku bele namora
namora as palavras
palavras lavradas
em larvas inócuas
nas paz variantes
em dias de guerras
dias eternos
em abraços de ferros
e palavrinhas daninhas
escondendo o cansaço
cansaço empolgante
em suor rigozijante
.
Ku bele cem pôr do sol
sol se põe no mar
no mar infinito
no dia ganho
em crepúsculo aurourélico,
Ku bele sobe: xeira, xeira, xeira.
eis o kubele - o vento ensolarante
em noites e dias .
.
Ku belé ku nanga