Zungueira Imortal
Zungueira Imortal
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ao som de passos rápidos,
rasga caminhos
cantando em fileiras
sobre o sol escaldante,
num pano berrante
e rodilhas estilosas
e equilíbrio atlético.
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Zungueira é mãe
Dá voz ao estómago vazio
dos meninos roncadores
num ritmo melódico lúgubre
Ledo no olhar apático
dos surdos que ouvem
o pregão: - tá qui, tá qui. Olhe o peixe.
e cegos que vêem
a beleza acesa
no colorir dos panos vivos.
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Zungueira é imortal
num mundo vivo
como tempo que passa e passa e passa
mas não morre,
corta os matos e matos e matos
com o banhar da catinga e sovacos brancos
e corre.
num semblante nada
Sorumbático,
mostrando os lindos marfins
como reumático do cansaço
Zungueira são os caminhos
que carregam a vida da cidade.
acompanhando o pregão ora doce ora amargo
Cozendo sacrifícios da prole inúmera
Zungueira é resumo
no pôr do sol: - às vezes banheira cheia e outras vazias
Zungueira