Cansei, me afundei no brejo das gotas cotidianas,
então,
me permiti transbordar.
Sentei-me à sombra de uma árvore
de flores brancas,
os arbustos me acolheram,
folhas sem, ainda, o tom da primavera,
o vento frio e já conhecido da minha espinha.
O sol, uma pequena lâmpada entre as nuvens,
e eu ali, sobre uma capa de musgo,
caderno no colo,
e a estação fresca de Santa Catarina
lavrando um beijo suave em meu rosto.
Por toda a parte um certo tumulto
mas eu deixei um espaço livre em meu peito encharcado de sonhos,
além das costelas,
letras já plantadas compondo o oposto do desvalor
celebrado no mundo.
Eu sou como a fragilidade da flor que não sai ilesa das estações.