SEGUIDOR DE MIM
Valdir Rangel
Quem segue a mim sou eu mesmo
Mesmo que os meus passos
Passem esmos
E passeiem como os passos cambaleantes dos bêbados
Eu sozinho é quem me sigo
E na solidão que me veste de silêncio
Chegam as reflexões que são quebradas
Pelos latidos anelantes dos cães das madrugadas
Quem me segue sou eu mesmo
Sozinho passageiro que passa
No silêncio quieto das ruas caladas
Seguido apenas pela sombra da lua cansada da longa noitada
Nessa hora o meu pensamento é inteiramente dedicado as lembranças
Dos bons e saudosos tempos
O vento sopra e balança a silhueta das nuvens
Que em passos de tartarugas avançam sobre o céu e se dissipam
Tudo está parado
Somente os meus passos que passam acelerados na madrugada e avançam para trazer o dia!
E o novo dia?
Espero que ele seja tão belo como o castelo
Das princesas e rainhas!