Carraspana
Na sombra fria da solidão persistente
Vem a busca, tardia e inconsequente
Apenas quando a tempestade assoma
Chegam, como aves em busca de abrigo e uma cama
Nos dias de bonança, silêncio prevalece
Mas na adversidade, a porta se estabelece
Amizades oportunistas, vínculos frágeis o que alega
Florescendo somente quando a vida flagela
Oh, o paradoxo da presença ausente
Quando a necessidade se torna evidente
Como marés inconstantes, vêm e vão
Na dança efêmera da solidariedade então
Mas em corações forjados na resiliência
Aprendemos a discernir, com paciência
Valorizamos quem, no sol e na tempestade
Permanece ao nosso lado, com lealdade