Nas Encostas da Vida"

"E o jovem garoto vigiava, atento aos ecos da madrugada,

Sonhava em cantar, na alma a melodia encantada.

Mas na viela, o fuzil usurpa a viola,

Num sistema que viola, discursos nascidos do pior mal dos violentos.

Nas sombras da noite, seus olhos carregam tempestades,

Refletindo um mundo onde sonhos enfrentam realidades.

A arma em suas mãos, um peso que a juventude não deveria carregar,

Um símbolo de um caminho que ele não escolheu trilhar.

Nas paredes, grafites sussurram revoltas e paixões,

Narrativas de vidas marcadas por duras condições.

E lá no alto, a lua testemunha silenciosa,

Da luta diária, da esperança corajosa.

Mas o garoto, no fundo, guarda um sonho de liberdade,

Além dos morros, além da cidade.

Um mundo onde a música rompe as correntes,

Onde ser jovem não é sinônimo de ser delinquente.

Nas favelas, cada esquina conta uma história,

De resistência, de luta, de busca pela glória.

E enquanto o jovem vigia, na penumbra da noite que se desenrola,

Sua alma canta, sonha, e na escuridão, se consola.

Neste cenário de contrastes, onde a esperança e o medo se entrelaçam,

A vida segue, entre sorrisos e lágrimas que não se apagam.

E o jovem garoto, com o fuzil em suas mãos,

Sonha com o dia em que as armas serão trocadas por canções."

Tesllas
Enviado por Tesllas em 11/02/2024
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