Emily Em Curso II
Curitiba, de retorno molhada, agora, sem a luminosidade do Natal,
Exprime do choro, neste momento expressivo, coerente, onde as chuvas não eram sentidas, enxergadas.
Quando as bagunças diurnas, noturnas, despertavam da hora legal.
Assoprada por frias nuvens, varrendo calçadas, esfriando estradas, barrancos e inticando desesperadas.
Os semáforos das três cores, lamentam em gotículas constantes, formando lágrimas coloridas, afirmando que a trégua, se faz bem longe.
Para-brisas em motores, acionadas; janelas embaçadas, motoqueiros encapuzados; transeuntes encharcados; mostram da real temperatura, na cidade.
Bichos de quatro patas desfilam, aventureiros, com propriedade, momentos de coragem, na certeza dos alimentos e hora de fácil alcance.
Prédios em luzes opacas, às alturas, meios distantes dos meus olhares, nublados, escondem suas artimanhas, para driblarem o termômetro da verdade.
Avisto um pouco, à frente, um pessoal animado, protegido nos seus guardas chuvas, carvão na brasa, espetinhos à vista...
Aqui, dentro do meu veículo, sentindo o gosto, pelo cheiro impregnando o ar, apetitoso, mas que não me desvia do ensaio.
A noite avança solitária, fechada no tempo da carranca, sem estrelas, sem as chances de luzes e a lua na pose de artista...
Preparo minha estratégia para, de novo, pegar minha Emily Neta na Gamescola, tomar o rumo de casa, pela treze de maio.