A Descontento
Respirando como nunca em muito tempo
Aquietando descobriu a descontento
Que mais vestiu a roupa de uma personalidade
Que de fato teve alguma identidade.
Ah, a necessidade!
Bateu fácil em sua porta
Fê-lo achar de forma torta
Ideias pra chamar de suas
E proclamou intelectualidade pelas ruas.
Mas não aguentava mais viver assim
Numa animosidade sem fim
Lutando com seus moinhos de vento
Percebeu quem realmente era, a descontento.
Trocou a realidade objetiva
Pela realidade da narrativa
E quando finalmente pôs se a ativa
Notou-se um barco a deriva
Que vai pra onde sopra o vento
Notou-se ser assim, a descontento.