#M#ANÉ GOSTOSO
CONTO EM VERSOS
Pai do meu pai me contou.
Tinha um cara melindroso.
Apelido diferente.
Era ele, o Mané Gostoso.
Um dia se apaixonou.
Pela filha do tenente
Pela filha do padeiro
Pela filha do pastor
No amor, será que ele mente?
Namorador trapaceiro.
Por ele tinham calor.
Essas doces raparigas.
Vejamos como elas são.
Todas buscavam o amor.
Numa vida com intrigas.
Era um verdadeiro pão.
A cacheada Maria.
Filha de pai atrapalhado,
O dono da padaria.
Morena puro tesão.
O Mané era o namorado.
Da princesa do pastor.
Juntos eles pecavam.
Por ele, ela tinha amor.
Será tudo isso pecado?
Enquanto eles se amavam.
Doce Iracema sonhava.
Em um dia ser casada.
Na noite a cabocla arfava.
Os amantes suavam.
A Ana loura era assanhada.
Filha do policial.
De avantajada traseira.
Era bonita e tarada.
O coito em um matagal.
Foi sua noite primeira.
O tenente ficou sabendo
A filha estava perdida.
“Vadia.” Era uma rampeira?
O Mané estava devendo.
Aquele homem sem medida.
“Hum! Que absurdo esse pecado.”
A raiva não se suprime.
“Vai me pagar! Desgraçado!”
Mané não tinha saída.
Naquele tempo era crime.
Da moça arrancar pedaço.
Nosso herói foi caçado.
“Socorro! Não se aproxime!”
“Renda-se seu vil palhaço.”
Mané foi aprisionado
Um pássaro na gaiola
Que não podia cantar
“Canta agora gabola!”
“Pulha! Você está enrascado!”
“Patife! Tu, vai casar!”
Elas sem o seu tesão.
Perdidas? O que fazer?
O gostoso na prisão.
Com Aninha ia se amarrar?
Como Mané socorrer?
O Vovô era o carcereiro.
O seu amigo libertou.
"Foge! Rio de janeiro,
Seu lugar para viver."
Vovô com Ana casou.
A Maria viajou.
Que confusão! Deus do céu!
Enviada pro convento.
Será que ela ia tomar tento?
O pastor fez escarcéu.
Foi Iracema pro bordel.
Vivendo agora em pecado.
Cidade maravilhosa.
Mané estava todo prosa.
Ficou ele muito afamado.
Beldades pra todo lado
Sabe como é que é!
Cuidado com forasteiro.
Que foi prisioneiro.
Bom, bom mesmo, é a mulher